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Aprendiz Cooperativo do Campo forma turma em Teutônia

“Todos nós temos uma essência, mas não nascemos conhecendo essa essência. Por isso, devemos buscá-la ao longo da vida, e isso acontece a partir de escolhas e abraçando oportunidades. O Aprendiz Cooperativo do Campo foi uma oportunidade que eu abracei e permitiu que eu descobrisse a minha essência. Isso não é qualquer curso que vai proporcionar. Me tornei uma pessoa mais responsável e levo isso para a vida. Assumir nossas responsabilidades gera frutos”. As palavras são da estudante Alessandra Laís Wünsch, que integrou a turma do Programa Aprendiz Cooperativo do Campo, iniciativa do Sescoop/RS, do Colégio Teutônia e da Cooperativa Languiru, cuja formatura ocorreu no dia 17 de agosto, em solenidade realizada no educandário teutoniense.

Na oportunidade, foram entregues os certificados de conclusão dos cursos de Assistente Administrativo, com estudantes cotizados da Lactalis do Brasil; Eletrotécnica Básica, com estudantes cotizados das cooperativas Languiru e Certel; e do inédito e pioneiro Aprendiz Cooperativo do Campo, para estudantes cotizados da Languiru.

A noite contou com homenagens e despedidas. Falando em nome dos demais aprendizes, a estudante Laura Lehdermann agradeceu pela oportunidade. “Concluímos um pequeno, porém, muito importante degrau em nossas vidas. Mais que um degrau, a oportunidade que as cooperativas Languiru e Certel e a empresa Lactalis nos deram foi o alicerce de uma grande obra em construção, o início de nossa vida profissional. Encerramos esta etapa com mais sabedoria, conhecimento e responsabilidade, percebendo que, antes de mais nada, a preparação é a chave do sucesso”, frisou, agradecendo às empresas cotizadoras, ao Sescoop/RS, ao Colégio Teutônia e aos professores.

Homenagem

A professora e gestora dos programas de aprendizagem do Colégio Teutônia, Maitê Schuhmann, se disse lisonjeada em poder participar desse processo. “Trabalhar com vocês foi um prazer, são três turmas de estudantes que vão para o mercado de trabalho mais preparados. Sigam, confiantes e alegres, na carreira que escolherem, sempre colocando em primeiro lugar a ética”, manifestou-se.

Em seguida, a turma do Aprendiz Cooperativo do Campo quebrou o protocolo e homenageou a professora, com a entrega de flores e um quadro com a foto do grupo. Enalteceram o apoio, a dedicação e a motivação ao longo do curso, mencionando especialmente a constituição de cooperativa escolar.

Futuro do cooperativismo

O presidente da Certel, Erineo Henemann, classificou a turma de formandos como o futuro do cooperativismo. “Esta é uma maneira de darmos continuidade ao espírito cooperativista entre os jovens, num processo em que estudantes e cooperativas aprendem muito com o convívio. Estamos formando cidadãos, numa experiência de aprendizado diferenciada para o ingresso no mercado de trabalho”, disse.

Nesta mesma linha, o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, lembrou o pioneirismo do Aprendiz Cooperativo do Campo. “Um dos diferenciais da nossa região está na formação de pessoas, por meio de parcerias sólidas. Percebe-se que a turma levou o projeto adiante, com muita responsabilidade. O cooperativismo é algo que apaixona, baseado na transparência e na igualdade social, trabalhando pelo desenvolvimento e pela sustentabilidade das comunidades onde está inserido”, afirmou.

O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, se disse realizado. “Há sete anos vínhamos trabalhando para que o Aprendiz Cooperativo se afirmasse e, hoje, já são mais de 25 mil estudantes formados”, revelou. Dirigindo-se especialmente à turma do Aprendiz Cooperativo do Campo, adiantou que irá levar os nomes dos 25 participantes da primeira turma ao Ministério do Trabalho e Emprego. “Em 2011 tivemos a primeira audiência em Brasília e, depois dessa, foram mais algumas em cinco viagens à capital federal. Persistimos, pois sabíamos do potencial do projeto e agora contamos com a primeira turma formada no curso de Aprendiz Cooperativo do Campo. Vocês são os pioneiros nesta formação específica, são a prova de que devíamos seguir acreditando nesse projeto, são a realização de um sonho”, recordou, aconselhando que os jovens permaneçam no meio rural. “Temos qualidade de vida no campo e precisamos trabalhar a sucessão familiar. Busquem a profissionalização e apliquem esse conhecimento no campo. Somente assim daremos continuidade à atividade rural, produzindo alimentos para o mundo”, finalizou.

Conhecimento

O secretário da Educação de Teutônia, Paulo Brust, creditou os índices de desenvolvimento do município aos investimentos em educação. “O programa Aprendiz Cooperativo é muito mais que uma oportunidade, é uma ação de justiça social, possibilitando o acesso ao conhecimento e aplicação prática no mercado. Tanto os jovens, quanto as empresas, todos saem melhores desse processo de aprendizagem. Investir em conhecimento é um grande acerto, conhecimento é riqueza”, avaliou.

O diretor do Colégio Teutônia, Jonas Rückert, agradeceu pelas parcerias entre o educandário, empresas, cooperativas, entidades e gestão pública. “Na vida aprendemos a dar e a receber, assim como esses estudantes, que receberam a oportunidade de participar do Aprendiz e assumem o compromisso de fazer a diferença na sociedade”, concluiu.

Programa Aprendiz Cooperativo do Campo

A sucessão familiar no campo é um desafio e pode ser também uma grande oportunidade. O Programa Aprendiz Cooperativo do Campo qualifica jovens para a gestão eficiente de propriedades rurais, preparando-os para se tornarem mais competitivos e bem-sucedidos nas atividades agropecuárias.

O Programa traz uma proposta inovadora do curso, com aulas práticas e teóricas em ambientes diversificados de produção, como propriedades-modelo, laboratórios, dias de campo, feiras, exposições e vivências na propriedade da sua família através de estudos dirigidos, objetivando adquirir conhecimentos que estimulam a formação de um agende empreendedor cooperativo.

O curso tem 17 meses de duração, com 552 horas de aulas teóricas e 552 horas de aulas práticas, durante quatro dias por semana, com quatro horas de aula por dia.

Outra inovação é a alternância entre os módulos teórico e prático: o aprendiz terá duas semanas consecutivas e aulas teóricas e duas semanas de aulas práticas, sucessivamente. Desta forma, não perderá o vínculo com as atividades do campo e nem se desvencilhará das relações familiares.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Languiru