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Sicredi Alto Uruguai e Unimed Erechim são finalistas do Tema Norteador 2017 do PRS

As cooperativas Sicredi Alto Uruguai e Unimed Erechim estão entre as dez organizações finalistas do Tema Norteador da 18ª edição do Prêmio de Responsabilidade Social (PRS), promovido pelo Parlamento Gaúcho, em parceria com entidades da Sociedade Civil representadas por uma Comissão Mista Organizadora, integrada pelo Sistema Ocergs-Sescoop/RS. Neste ano, o Tema Norteador é “Equidade de Gênero”.

Os dez finalistas e concorrentes ao Troféu Destaque RS apresentaram seus cases no dia 25 de outubro, aos integrantes da Comissão Mista do PRS 2017, para avaliação e definição do premiado. O anúncio oficial ocorrerá no dia 30 de novembro, às 19hm no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Conheça mais sobre os cases das cooperativas Sicredi Alto Uruguai e Unimed Erechim, finalistas do Tema Norteador do PRS 2017:

Programa Sicredi Mulher

Valorizar o público feminino da área de atuação da Sicredi Alto Uruguai RS/SC, promovendo diversas ações que contribuam para o desenvolvimento pessoal e profissional das participantes. Esse é o objetivo do programa Sicredi Mulher, realizado pela cooperativa Sicredi Alto Uruaguai.

Com o entendimento de que as mulheres têm um papel fundamental no desenvolvimento da família e da sociedade, a Cooperativa estruturou um programa específico para o público feminino. A ideia é envolver as mulheres na disseminação do cooperativismo, através de ações que coloquem em prática os princípios do cooperativismno – Educação, Formação e Informação e Interesse pela Comunidade -, melhorando a qualidade de vida das participantes e das pessoas que vivem ao seu redor.

O projeto teve início em 2015 com uma rodada de palestras motivacionais direcionada para este público. Foram 16 palestras realizadas nos municípios da área de atuação da Sicredi Alto Uruguai, que impulsionaram a criação de um programa que viesse ao encontro dos interesses do público feminino. As participantes foram convidadas a contribuir com sugestões sobre o que esperavam do programa e o que seria importante trabalhar, bem como sugestão de nome para o programa, entre outros aspectos. Ainda em 2015 foram convidadas as gerentes, conselheiras e algumas colaboradoras da superintendência regional para compor a comissão que daria a direção e o pontapé inicial para o programa.

Após dois encontros com a comissão, o programa Sicredi Mulher foi incluído no planejamento da Cooperativa e lançado em 2016, com a finalidade de atender os diversos perfis femininos, favorecendo no seu desenvolvimento e qualidade de vida, dando possibilidade que cada município da área de atuação propusesse suas próprias ações, atendendo às necessidades e realidades locais.

Em 2016, foram realizadas 83 ações, que representaram um investimento de R$ 84 mil, advindos de recursos da Cooperativa. Os municípios, em alguns casos, também promoveram ou apoiaram iniciativas com parceria de outras entidades, não tendo assim investimentos diretos ou investimentos menores. Mais de 5 mil mulheres foram beneficiadas.

De janeiro a junho de 2017, foram realizadas mais de 25 ações, que beneficiaram mais de 2.500 mulheres. O investimento destinado para as ações neste ano também ampliou, com verba disponível de R$ 100 mil.

Empoderamento das Mulheres na Gestão da Unimed Erechim

Em um cenário de busca de modernidade e valorização das mulheres, a Unimed Erechim definiu em 2008 pelo investimento no desenvolvimento das lideranças, visto que a Cooperativa sempre teve mais de 70% de mulheres em seu quadro de colaboradores.  Em 2014 foi redefinido o organograma da Cooperativa, contemplando diversos cargos de gestão lideranças desenvolvidas internamente, em ambos os gêneros.

Com a concepção do projeto, a diretoria aderiu ao novo modelo de gestão e a busca de ajuda especializada para dar o empoderamento necessário na forma de atuação das gerentes frente às desigualdades de gênero, superação de obstáculos e quebra de paradigmas em termos competência para impulsionar o desenvolvimento econômico, e com remuneração equiparada.

Uma das justificativas é que, em termos sociais, as mulheres têm que conseguir estabelecer uma relação de equilíbrio entre as atividades profissionais e a vida pessoal, e, também, superar os obstáculos de uma cultura enraizada em que líderes do sexo masculino tendem a promover executivos com o perfil semelhante ao seu. Outra justificativa é que a renda das mulheres equivale a 76% da renda dos homens e elas continuam sem as mesmas oportunidades de assumir cargos de chefia ou direção, conforme Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgada em 2016, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa estudou os indicadores entre os anos de 2005 e 2015.

Este não foi o caso vivenciado pela Unimed Erechim, que apostou no desenvolvimento de mulheres para conduzirem a gestão. As mudanças na gestão foram possíveis pois envolveram mudanças no modelo de gestão, e com isso, foi necessário conhecer os processos, redesenhá-los para possibilitar identificar as necessidades de tecnologia e recursos humanos, bem como capacitação e desenvolvimentos necessários para alcançar os objetivos propostos:

O essencial do trabalho desenvolvido na gestão da Unimed Erechim foi a superação de preconceitos e discriminações baseados em gênero, permitindo e direcionando esforços para identificar e desenvolver talentos femininos, capazes de promover relacionamentos de parcerias com todas as partes interessadas.

Em seu histórico de gestão, a Unimed Erechim teve os valores de remuneração dos gêneros masculinos e femininos muito próximos, sendo que as mulheres recebiam um valor um pouco menor. Em 2015, fruto da reestruturação do modelo de gestão observou-se leve inversão e as mulheres passaram a ter remuneração maior do que os homens, conforme demonstração dos balanços sociais publicados. A remuneração média por categoria profissional de trabalho por gênero, em 2016, foi maior para o gênero feminino em todos os níveis. A remuneração média categoria “Gestão” para os homens foi de R$ 5.360,34 e das mulheres foi de R$ 7.378,57; a remuneração média categoria “Técnicos” para os homens foi de R$ 3.784,16 e das mulheres foi de R$ 3.789,01 e a remuneração média categoria “Operacional” para os homens foi de R$ 1.953,03 e das mulheres foi de R$ 2.130,41, revelando a valorização da mulher no mercado de trabalho cooperativo.

Sobre o Prêmio Responsabilidade Social

Instituído pela Lei estadual nº 11.440/2000, que foi atualizada pela Lei n° 13.186/2009 e pela Lei n° 13.900/2012, o Prêmio Responsabilidade Social é promovido pelo Parlamento Gaúcho. A realização do prêmio ocorre em parceria com entidades da Sociedade Civil representadas por uma Comissão Mista Organizadora, formada por representantes de diversas entidades.

O objetivo da Assembleia Legislativa do RS com este prêmio é incentivar as organizações gaúchas a realizarem projetos voltados para a promoção do bem-estar da sociedade e para a preservação do meio ambiente.