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Cooperativas agropecuárias debatem rumos do sistema

Nos dias 5 e 6 de dezembro, representantes das cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul se reuniram em Bento Gonçalves (RS) para debater os horizontes dos trabalhos de gestão e intercooperação. Promovido pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), com o apoio do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, o encontro tem a participação de mais de cem dirigentes das cooperativas associadas à entidade. Na pauta temas como autogestão e os rumos do sistema cooperativo no Estado.

A abertura do evento contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Em sua explanação, enfatizou o trabalho das cooperativas em buscar informação e conhecimento de forma a promover o crescimento dos seus dirigentes e associados, citando como exemplo os programas de pós-graduação desenvolvidos pelas entidades do setor que estão qualificando a gestão do sistema.

“O papel das cooperativas é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado. O nosso papel do poder público é de manutenção das políticas. Esta é a forma colaborativa, solidária e a que mais aparece socialmente”,

afirmou.

O secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul, Tarcísio Minetto, lembrou a importância e o papel que cooperativismo agropecuário gaúcho vem exercendo com resultados não só na economia mas também no social, na assistência técnica e na interação com a comunidade.

“O desafio que as cooperativas agropecuárias estão tendo estão sendo vencidos, por isso comemorem o sucesso que das cooperativas. Com este espírito de integração, mantendo as individualidades, o cooperativismo como um todo vai crescer cada vez mais”,

destacou.

O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, salientou os números do programa Aprendiz Cooperativo do Campo, que vem tendo no setor agropecuário um aproveitamento total entre os participantes, o que estimula a sucessão rural. Outro ponto trazido pelo dirigente é o crescimento da industrialização entre as cooperativas, o que vem agregando valor aos produtos do sistema.

“Nosso agronegócio é fundamental, mas as cooperativas hoje estão caminhando para a agroindustrialização. Há alguns anos as agroindústrias de cooperativas eram cerca de 20 e hoje já são 41. Isso é uma bela notícia para nós”,

observou.

O presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, enfatizou a representatividade das cooperativas gaúchas para a produção agropecuária do Estado, além da geração de emprego e renda das comunidades de atuação do sistema.

“Nesta sala temos uma representatividade quase da totalidade do cooperativismo agropecuário gaúcho, com R$ 25 bilhões de faturamento em 2016, 32,5 mil empregos diretos, gerando resultados e capitalização. Mesmo que tenhamos uma redução no número de cooperativas no Rio Grande do Sul, temos um crescimento da participação das cooperativas na produção e industrialização de produtos agropecuários no Estado. Somos responsáveis pelo recebimento de 50% da soja, 45% da produção e industrialização do leite e 60% do trigo”,

explicou.

Na ocasião, o governo do Estado homenageou com uma placa o ex-presidente da FecoAgro/RS, Rui Polidoro Pinto, pela sua contribuição ao cooperativismo agropecuário gaúcho e brasileiro. Também houve distinção ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), recebida pelo vice-presidente e ex-presidente da instituição, Odacir Klein.

Foto: AgroEffective/Divulgação – Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective