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Dirigentes do Rio Grande do Sul visitam cooperativas do Paraná

Representantes de 26 cooperativas agropecuárias gaúchas estão esta semana viajando pelo Estado do Paraná realizando visitas técnicas pelas cooperativas paranaenses. O roteiro foi organizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) e tem por objetivo mostrar o trabalho desenvolvido pelo sistema. Durante quatro dias, serão conhecidos exemplos em diversas áreas do setor.

A primeira parada nesta segunda-feira, dia 22 de outubro, foi em Curitiba (PR), na sede da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). A comitiva foi recepcionada pelos superintendentes Nelson Costa (Fecoopar), Robson Mafioletti (Ocepar) e Leonardo Boesche (Sescoop/PR). Mafioletti salientou que 30% da população paranaense está envolvida direta ou indiretamente com o cooperativismo, especialmente agropecuário ou de crédito. Lembrou que o Paraná produz cerca de 35,4 milhões de toneladas de grãos, com maior parte beneficiada e com agregação de valor pelas cooperativas locais.

O ramo agropecuário conta com 69 cooperativas atuantes no Paraná, num total de 167 mil cooperados, representando 58% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Estado. Em 2017, do faturamento de R$ 70,6 bilhões das cooperativas, R$ 58 bilhões foram oriundos das cooperativas agropecuárias, que também geraram US$ 2,6 bilhões em exportações para cerca de 120 países. Destas receitas, 48% são geradas nas agroindústrias, fazendo a agregação de valor de produtos. “Impossível movimentar a safra no Paraná sem o cooperativismo pela força que o sistema tem”, destacou Mafioletti.

Outro exemplo iniciado no Paraná foi o da ferramenta de autogestão, implantada desde os anos de 1990 no território paranaense e que vem sendo estimulada nos últimos dois anos pela FecoAgro/RS e pela Ocergs no Rio Grande do Sul. Leonardo Boesche, superintendente do Sescoop/PR, reforçou as ações de forma a auxiliar as cooperativas na tomada de decisão da gestão. Neste ano, 82% das cooperativas paranaenses participaram do programa. “As cooperativas responderam o questionário e em cada uma podemos tirar um modelo de governança, que cada uma vai poder adotar o que se adequa melhor a sua realidade”, ressaltou.

Herança Holandesa – A tarde, a delegação esteve em visita ao moinho de trigo da marca Herança Holandesa, que é fruto da intercooperação da Frísia Cooperativa Agroindustrial, Cooperativa Castrolanda e Capal Cooperativa Agroindustrial. A capacidade de moagem da unidade é de 400 toneladas por dia, chegando a 120 mil toneladas por ano, com produto oriundo de 3 mil associados da cadeia produtiva. No local, os representantes das cooperativas gaúchas conheceram o moderno processo realizado pelo moinho, que importou equipamentos da Itália como forma de garantir a qualidade do produto que chega ao consumidor. “Estamos indo para o quinto ano e desde o sexto mês operamos com 90% da nossa capacidade industrial”, observou o coordenador do moinho, Cleonir Ongaratto.

Frísia Cooperativa Agroindustrial – O dia encerrou com uma visita à sede da Frísia Cooperativa Agroindustrial, na cidade de Carambeí. o diretor secretário da cooperativa, Hans van der Meer, recebeu o grupo dos gaúchos no auditório da unidade onde explanou sobre o trabalho realizado pela marca que substituiu a antiga Batavo. O foco do trabalho é nos produtos agroindustriais derivados do leite e dos suínos, mas também operam com a parte de grãos. Em 2017, a Frísia alcançou faturamento de R$ 2,4 bilhões. Nesta terça-feira, 23 de outubro, o roteiro da visita técnica contará com uma visita à Cocamar, em Maringá, no início da tarde.

Integração – Até a próxima quinta-feira, dia 25, ocorrerão ainda visitas técnicas nas cooperativas Cocamar, Coamo, Copacol, Cotriguaçu, Frimesa e Lar. “O objetivo principal é a integração. Temos aqui cooperativas do Rio Grande do Sul que representam 90% do faturamento do Estado. E começamos pela Ocepar porque entendemos que a organização tem protagonismo muito forte no desenvolvimento do cooperativismo brasileiro”, disse o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS), Paulo Pires.

Autogestão – O superintendente da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), Gerson Lauermann, explica que o roteiro pelo Paraná foi elaborado levando-se em conta algum aspecto que a organização visitada se destaca. No caso do Sistema Ocepar, por exemplo, o objetivo foi ter um panorama geral do cooperativismo paranaense e a forma como a Fecoopar, Ocepar e Sescoop/PR atuam, bem como o interesse em conhecer com mais detalhes o Programa de Autogestão desenvolvido no estado.

Pontos de interesse – Já nas cooperativas, o interesse dos cooperativistas gaúchos abrange o processo de governança, intercooperação, agroindustrialização e logística. “Na Frísia, o foco é a questão da intercooperação que envolve as cooperativas da região do ABC; a Cocamar é a questão da governança em função do modelo que a cooperativa adota e que deve ser estudado; na Coamo, maior cooperativa do Brasil, queremos conhecer melhor o processo de relacionamento com o cooperado e a capitalização; na Cotriguaçu a finalidade é a questão da logística; na Frimesa, cooperativa central que tem uma especialidade no leite e em suínos, queremos conhecer melhor o funcionamento e a participação na cadeia produtiva como um todo; já na  Copacol e Lar o objetivo é conhecer o processo de agroindustrialização”, contou o superintendente.

Fazem parte da comitiva, as cooperativas gaúchas: Cotrisel, Coasa, Caal, Cotribá, Cotrifred, Cotrimaio, Cotrisoja, Cooperoque, Coagrisol, Cotrijal, Camnpal, Cotricampo, Coopatrigo, CCGL, Cotapel, Cotripal, Coomat, Coagrijal, Piá, Agropan, Cotrisal, Languiru, Cotrisul, Coagril, Cotrijuc e Coopermil.

Com informações: Assessoria de Comunicação FecoAgro/RS