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Momento é de cooperar

No campo ou na cidade, a rotina de trabalho se viu afetada frente a uma pandemia que desacelerou a economia e instalou um clima de incertezas em todos os setores. Com o cenário pouco otimista, trabalhadores precisaram se reinventar e viram na força do cooperativismo um aliado de peso para a retomada de seus negócios.

No Alto Uruguai gaúcho, pequenos e grandes empresários têm fugido de hábitos até então comuns e adotado novas posturas no trato de seus empreendimentos. A ideia de que o trabalho local será o propulsor da economia global tem ganhado peso e impulsionado a recuperação dos negócios.

Na Granja de Ovos Zulian, comandada pelo associado da Cresol Erechim, Joel Zulian, por mais que o período não tenha afetado faturamento e até provocado o aumento na procura de seus produtos, a rotina de trabalho precisou ser alterada, exigindo novos investimentos em logística, por exemplo.

Zulian conta que viu a população intensificar cuidados que na agroindústria já eram comuns, como o uso de máscaras, cuidados especiais com a higienização das mãos e uso de álcool gel. O período também fez reavivar o lado humano por detrás de cada negócio.

Ao serem tocados pela vulnerabilidade das pessoas, gestores começaram a olhar as equipes de trabalho de maneira mais atenta. Proprietário da Padaria Zielinski e cooperado da Cresol Erechim, Ivalino Zielinski adotou todas as medidas de segurança indicadas pelos órgãos de saúde, intensificando o setor de tele-entrega.

Além disso, Zielinski fez questão de que a funcionária com mais de 60 anos se mantenha em casa durante a quarentena. “Somos acostumados a ver a casa cheia e com o Covid-19, o pessoal começou a não sair de casa, e assim tivemos que nos reinventar, também com o apoio e consultorias da Cresol”, disse Ivalino Zielinski ao mencionar que esse será um dia do Trabalhador ainda mais significativo.

O sentimento também é compartilhado por Joel Zulian. “É o momento de nos unirmos mais, como família, como sociedade, como clientes do cooperativismo. É isso que nos segura a mão. Esse período vai ser um marco e, um dia, vamos poder falar desse período convictos de que o cooperativismo, que a Cresol, nos ajudou muito”, disse.

Mais do que medidas econômicas Frente as incertezas do momento, a Cresol adotou ações voltadas a facilitar o pagamento, reparcelamento e renegociação das dívidas. Ainda, criou, com recursos próprios, uma linha de crédito para Pessoa Física e para Pessoa Jurídica, reforçando o fluxo de caixa das empresas em caráter emergencial.

Além disso, começou a operar uma linha especial do BNDES para atender as Micro, Pequenas e Média Empresas com condições e taxas de pagamento diferenciadas. No entanto, as medidas econômicas não foram as únicas estratégias assumidas pela cooperativa, que mesmo de longe, tem intensificado o contato com os associados.

“O relacionamento, a proximidade fazem parte da essência da Cresol. Mesmo longe, estamos fazendo com que esse contato não se perca e, sim, se reforce”, enfatizou o diretor-presidente da Cresol Erechim, Ivonir Todero. Além disso, a Cresol tem encabeçado uma campanha que visa apoiar o comércio local, fortalecer a identidade da região e promover o crescimento local. “Acreditamos que mais do que contribuir para o desenvolvimento econômico, o trabalhador é peça chave para que a roda da cooperação continue girando”, cita Todero ao ressaltar a importância de incentivar o consumo de empreendimentos locais. “Mais do que nunca é o momento de mostrarmos suporte, apoio aos nossos. Estamos em constante contato com nossos associados, sabemos das dificuldades desse momento e queremos ajudar todos a superar este momento”.