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Cooperativismo promove ações em referência ao Dia Internacional da Mulher

No final do século XIX, as mulheres começaram a lutar por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto. Em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e, em 1977, o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

Gaúchas inspiradoras

Em menção à data, em 2018 cooperativas brasileiras e gaúchas promoveram eventos e conteúdos, com o objetivo de valorizar e reconhecer a força e a presença da mulher no setor, além de incentivar as mulheres a continuarem transformando o mundo. Durante a Expodireto, no dia 8, o Sistema Ocergs-Sescoop/RS, em parceria com a Câmara Municipal de Não-Me-Toque e a Cotrijal, recebeu mais de 150 mulheres para debater sobre o protagonismo feminino no cooperativismo.

No dia 13 de março, no Centro Profissional de Formação Cooperativista (CFPC), o Sistema promoveu um evento para suas colaboradoras, com o tema “Os desafios da mulher no mercado de trabalho”. Na ocasião, o presidente do Sistema, Vergilio Perius, destacou a importância da mulher no processo cooperativo e suas conquistas nas últimas décadas.

Na sequência, a consultora em gestão de marca pessoal e desenvolvimento de carreira, Ana Carolina Gismonti, apresentou e propôs um debate sobre as diferenças salariais entre homens e mulheres e a construção social que envolve o assunto, os desafios das mulheres para se destacarem e permanecerem no mercado de trabalho e a importância de terem liberdade para fazerem suas escolhas. “Quando fizemos nossas escolhas baseadas em valores, as chances de acertarmos são maiores. Devemos buscar algo que faça sentido para nós e, para isso, precisamos de autonomia e autoconhecimento para escolhermos os papeis que queremos priorizar em nossas vidas”, destaca. E finaliza: “Nossa cultura social muda de geração para geração. A mudança está em cada uma de nós. Precisamos fazer algo. Agora”.

Nas redes sociais, o Sistema também fez sua homenagem às mulheres, através de vídeos de mulheres que fazem a diferença no cooperativismo gaúcho: Margaret da Cunha, Maria Zélia Hohn e Camila Luconi Viana.

Mulheres de Fibra

A websérie SomosCoop, do Sistema OCB, foi criada para inspirar e motivar a sociedade a conhecer o cooperativismo, o jeito humanizado de cuidar das pessoas e de gerar resultados financeiros. A websérie apresenta exemplos de histórias de vidas transformadas a partir do cooperativismo.

No Dia Internacional da Mulher, foi ao ar o terceiro episódio com o título “Mulheres de Fibra”. Gravado na região Norte do Brasil, traz histórias inspiradoras de mulheres que, no volante ou no artesanato, assumem o controle e, no campo ou na cidade, fazem a diferença. Personagens reais que mostram que, no cooperativismo, mais do que gênero, o que vale mesmo é a vontade de trabalhar e de construir um mundo melhor, com mais oportunidade para todos.

Conheça a história de oito mulheres determinadas, corajosas e preparadas para os desafios da vida, que contam como imprimiram sua marca no mundo dos negócios e quais as suas estratégias para ajudar a fazer do Brasil, um país mais próspero e menos desigual. Clique aqui.

Cooperativas têm a tarefa de empoderar as mulheres

A luta pelo empoderamento feminino assumiu, há algum tempo, uma dimensão global. Em todos os países elas e eles se juntam e trabalham por direitos iguais e por um mundo menos desigual e com mais oportunidades para todos. E as cooperativas fazem parte deste movimento. Tanto que a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) divulgou uma nota, no dia 8 de março, assinada por María Eugenia Pérez Zea, presidente do Comitê Mundial de Equidade de Gênero da ACI, chamando a atenção para o fato.

Segundo ela, “as cooperativas têm a tarefa de melhorar a capacidade de empoderar as mulheres, colaborando com a sociedade civil e apoiando a voz das nossas ativistas nos processos de sensibilização social e de formulação de políticas públicas”.

As gerentes gerais do Sescoop Nacional e OCB, Karla Oliveira e Tânia Zanella, respectivamente, lideranças do movimento cooperativista brasileiro, concordam que a participação da mulher no mundo dos negócios, por exemplo, pode aumentar. Segundo elas, mais do que debater sobre diferenças, é importante discutir o que ambos os gêneros possuem de melhor.

“A mulher ainda tem um longo caminho a percorrer nesse cenário predominantemente masculino. E o sucesso das conquistas que haverão de vir depende muito do seu protagonismo. As mulheres não querem ocupar o espaço dos homens no mercado, mas o delas! E, como agregadoras natas que são, encontram, no cooperativismo, o modelo de negócio ideal para isso, já que é o jeito mais humanizado de gerar resultados socioeconômicos, em prol de um mundo melhor para todos”, declaram.

Para ler a Declaração da Aliança Cooperativa Internacional, clique aqui.