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Encontro de Agentes de Desenvolvimento Cooperativista discute desafios do setor

Promover a sensibilização dos Agentes de Desenvolvimento Cooperativista e dos Agentes de Autogestão, com a finalidade de possibilitar a compreensão de seu papel nas cooperativas, os desafios enfrentados, assim como oferecer uma linha orientadora de atuação diante do contexto preconizado pela Diretriz de Atuação do Sescoop. Com essa proposta, o Sescoop/RS realizou nessa quarta-feira (19/9), no auditório da Setcergs, na capital gaúcha, o Encontro dos Agentes de Desenvolvimento Cooperativista.

Na abertura do evento, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, falou dos números do cooperativismo gaúcho, a missão do Sescoop/RS e Ocergs e seus normativos, e da importância dos agentes de desenvolvimento cooperativista. “Para desenvolvermos as cooperativas do Rio Grande do Sul, precisamos desenvolver as pessoas. E por isso vocês estão aqui. Para, junto com os técnicos do Sescoop/RS, trabalharmos pelo presente e pelo futuro do cooperativismo”, destacou.

Na sequência, o superintendente técnico-operacional do Sescoop/RS, Gerson Lauermann, apresentou o regimento e as áreas finalísticas do Sescoop/RS, os projetos de autogestão e o papel dos agentes no desenvolvimento do cooperativismo. “Nosso desejo é contribuir para que nossas cooperativas cresçam com qualidade, sustentabilidade e eficiência. Esse time que estamos qualificando hoje é responsável pelo futuro de nossas 420 cooperativas. Precisamos juntos, conhecer o passado e entender o presente, para planejarmos o futuro. Vamos assumir juntos?”. Lauermann enfatizou a necessidade da qualificação dos agentes para que as cooperativas possam crescer com eficiência. “Além de crescer em números, precisamos crescer com eficiência e, para isso, precisamos de gente qualificada. Contamos com a ajuda de vocês!”.

Nova Diretriz Nacional de Atuação do Sescoop

A gerente de Desenvolvimento da Gestão de Cooperativas do Sistema OCB, Suzan Miyashita Vilela, apresentou a nova diretriz de atuação finalística do Sescoop, Avança Sescoop – que foi criada em 2018 para marcar duas décadas de trabalho do Sescoop e contribuir com o desenvolvimento sustentável do movimento cooperativista brasileiro. Ao apresentar os três passos da diretriz (diagnóstico, conhecimento e desenvolvimento), ela enfatizou que as pessoas são o início, o meio e o fim do seu modelo de atuação. E finalizou: “Nos próximos vinte anos, conseguiremos ter cooperativas mais fortes, competitivas e sustentáveis? A resposta é sempre a mesma: fazendo junto, dá! O Sescoop capacitará vocês para esse modelo de negócios, mas vocês precisam estar preparados para serem protagonistas e desempenharem esse papel estratégico. Vocês estão prontos para caminhar conosco”.

O gerente de Formação Profissional do Sescoop/RS, Helio Loureiro de Oliveira, explanou sobre os regimentos e normativos internos do Sescoop/RS. Ao abordar a Resolução 92/2016, o gerente da área explicou o funcionamento da prestação de contas física e financeira, as regularidades e as contratações especiais. “O foco é olhar para frente, queremos olhar para o futuro”, afirmou.

Autogestão como ferramenta de suporte à decisão

Susan falou sobre o GDA, programa que acompanha o desempenho das cooperativas e dos ramos do cooperativismo em geral. A gerente da OCB ressaltou que a entidade precisa ter acompanhamento para obter resultado. “Para a OCB o resultado é palpável através de três eixos: Gestão, Governança e o eixo Ser Cooperativa”.

A gerente da OCB comentou sobre o papel do agente no desenvolvimento humano e no desenvolvimento da cooperativa. Segundo Susan, o agente de Desenvolvimento Cooperativista deve possuir uma visão estratégica e sistêmica, e conhecer efetivamente os negócios da cooperativa. “O agente deve ser o interlocutor entre o Sescoop e a cooperativa para o desenvolvimento humano, bem como, para o levantamento de dados e informações por meio dos programas do Sescoop”.

Planejamento e Elaboração de Projetos

A gerente de Planejamento do Sistema OCB, Pricila Topolski, destacou a importância das iniciativas responderem aos objetivos estratégicos e a missão do Sescoop, além de atenderem as necessidades de desenvolvimento das cooperativas e dos associados. “É necessário adotar-se um planejamento mais assertivo, alinhado aos objetivos e necessidades das cooperativas”, comentou.

Pricila elencou os passos do processo de planejamento do Sescoop/RS até a etapa de prestação de contas à sociedade e aos órgãos de controle, através da publicação e divulgação do Relatório de Gestão. A gerente do Sistema OCB reforçou que o diagnóstico da cooperativa traz insumos que são fundamentais para a estruturação do Plano de Eventos e a execução dos projetos. “O Plano de Eventos precisa refletir as necessidades de desenvolvimento da cooperativa definidas a partir da análise dos seus ambientes. E o apoio dos Agentes de Desenvolvimento das Cooperativas na análise das informações geradas a partir das ferramentas de diagnóstico é fundamental no planejamento, favorecendo a execução”, ressaltou.

Agente de Transformação

Dado Schneider apresentou a palestra “Agente de Transformação? Vontade de Mudar” e destacou o cenário de mudança constante pelo qual o mundo está passando. “Mudar não é necessariamente gostar do que está acontecendo, mudar, no século XXI, é entender o que está acontecendo para aceitar o que há”. Independente da idade, o palestrante salienta que as grandes diferenças na sociedade contemporânea são de mentalidade.

Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo – Escoop

No encerramento do evento, o diretor-geral da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo – Escoop, Mario De Conto, explanou sobre a instituição de ensino superior, criada para perenizar o ensino e pesquisa em cooperativismo, fomentar financiamentos, convênios internacionais e criar cursos. “O nosso foco é ser a universidade corporativa que as cooperativas desejam”, disse.

O diretor-geral da Escoop enfatizou que um dos motivos pelos quais a instituição existe é justamente para criar cursos que sejam adequados às necessidades das cooperativas. Nesse sentido, ele afirma que uma tendência é uma demanda cada vez maior de cursos de extensão, com a pessoa como construtora da sua formação.

Após, foi a vez da professora e coordenadora do curso de Pós-Graduação da Escoop, Paola Londero, falar sobre o lançamento das capacitações da instituição para 2019, com destaque para os programas Escoop Agro, Escoo Crédito, Escoop Infra e Escoop Saúde, que visam trazer cursos de extensão com foco em inovação, tecnologia e missões técnicas, alinhados às necessidades das cooperativas gaúchas.