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Futuro do agronegócio é tema de Live do Sistema

 

O Sistema Ocergs promoveu hoje, dia 7 de agosto, juntamente com a FecoAgro/RS, a Live do Ramo Agro, com o objetivo de debater o contexto das cooperativas agropecuárias na pós-pandemia e os desafios e oportunidades que o agronegócio apresenta para o futuro. Essa é a primeira de uma série de lives que serão promovidas durante o ano sobre cada ramo do cooperativismo.

Na abertura, o presidente do Sistema, Vergilio Perius, apresentou alguns números do ramo Agropecuário no RS em 2019, defendeu a permanência do jovem no campo através das agroindústrias, apresentou alguns pontos defendidos pela instituição na Reforma Tributária Estadual específicos do ramo, bem como a importância do aprimoramento da gestão nas cooperativas.

O presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, falou sobre a importância de pensar nos desafios do cooperativismo pós-pandemia. “Estamos em fase de construção de uma plataforma digital para fazer negócios sistematicamente. Cada vez mais se mostra necessário as cooperativas conversarem entre si, se unir para fazer negócio. Esse é o nosso diferencial competitivo frente às grandes empresas”, destacou.

O Futuro do Agronegócio
Um dos maiores especialistas brasileiros na área do agronegócio, responsável por mais de 200 projetos de planejamento no agronegócio brasileiro e mundial, Marcos Fava Neves, foi o palestrante do evento. Em sua apresentação, ele fez uma contextualização do momento atual do agronegócio no Brasil, alguns exemplos de empresas brasileiras que são inspiração no mercado internacional e, principalmente, falou sobre as oportunidades do cooperativismo agro no Brasil e no Rio Grande do Sul e como as cooperativas podem ser protagonistas do futuro do setor.

Para ele, é preciso estar atento a três principais pontos: a) Fazer o que o produtor quer, ou seja, ter o negócio orientado pela demanda; b) Ter como principal papel construir valor e resultado para quem “usa” a cooperativa para que ela se perpetue; c) Criar oportunidade para as pessoas após esse momento de crise.

Ao apresentar gráficos de projeções para os próximos 10 anos de importações de grãos, carnes e outros produtos, Neves reitera que o Brasil vai crescer e ter mercado de produção. E para o cooperativismo construir boas margens, além de tudo que já faz, deve estar atento a quatro grandes áreas: 1) Economia digital e Tecnologia; 2) Inovação e Diferenciação; 3) Economia Circular e Ambiental e 4) Economia Coletiva e Compartilhamento.

Neves também discorreu sobre as características das empresas que vencem na agricultura e destaca: “Precisamos ficar melhor antes de ficar maior, fazer uma boa gestão, compartilhar os ganhos com a equipe e estar atento às novas tecnologias. O mundo é dos gigantes e o cooperativismo é gigante, sendo pequeno. As cooperativas precisam mostrar o que estão fazendo em benefício das questões que interessam ao mercado consumidor. Aproveitem as oportunidades”, finalizou.