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Ocergs destaca crescimento do cooperativismo durante a Expointer

Recuperar a confiança dos produtores gaúchos e destacar o crescimento do cooperativismo no Rio Grande do Sul. Dessa forma, a Ocergs se prepara para acompanhar a agenda das autoridades durante a 44ª Expointer, que ocorre entre os dias 4 e 12 de setembro. Durante o período da Feira, a sede da Ocergs estará aberta no Parque de Exposições Assis Brasil, com todos os protocolos de controle e segurança sanitária estabelecidos pelos órgãos de saúde.

Segundo o presidente da entidade, Vergilio Perius, a Feira representa a oportunidade da Ocergs reforçar o pleito de juros mais baixos para o financiamento de agroindústrias cooperativas, visando o desenvolvimento econômico e social do Estado, com geração de novos postos de trabalho.

Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2021

O recente levantamento divulgado no relatório Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2021 (ano-base 2020) indica o faturamento recorde das cooperativas na ordem de R$ 52,1 bilhões, com incremento de 6,4% em relação ao período anterior. “O desempenho das cooperativas gaúchas se reflete no crescente aumento dos ingressos, que nos últimos cinco anos atingiu a marca de 44,25%. Um dos grandes diferenciais do cooperativismo é que as sobras geradas pelas cooperativas permanecem nas comunidades em que elas estão inseridas, o que transforma nosso modelo de negócios em um potencial agente de transformação e desenvolvimento econômico e social”, afirma o presidente do Sistema Ocergs, Vergilio Perius.

Crescimento das sobras

A eficiência econômica das cooperativas gaúchas se concretiza através dos resultados que apresentam. No último ano, o crescimento registrado nas sobras apuradas foi de 22,5%, atingindo o valor de R$ 2,9 bilhões, o que representa uma expansão de 121,98% nos últimos cinco anos.

A solidez do sistema cooperativista estadual se comprova na evolução do patrimônio líquido, que cresceu 17,9% e alcançou R$ 21,2 bilhões, refletindo as boas práticas de gestão nas cooperativas. Em relação aos ativos, o cooperativismo gaúcho registrou um acréscimo de 28,5%, alcançando a marca de R$ 98,2 bilhões.

As cooperativas do RS geraram R$ 2,1 bilhões de tributos em 2020. Desse montante, R$ 1,1 bilhão foram em tributos estaduais, R$ 1 bilhão em tributos federais e R$ 80 milhões em municipais.

Saldo positivo de empregos

No acumulado de 2020, o saldo de empregos com carteira assinada nas cooperativas foi de 3.683, o que aponta variação relativa de 5,7%. A expansão de postos de trabalho no setor, que em 2020 registrou 68.303 empregos diretos, contrasta com o cenário do Rio Grande do Sul, que amargou no ano passado o segundo pior saldo no mercado de trabalho formal do Brasil, com o fechamento de 20.220 empregos. “O aumento de empregados contratados, sobretudo pelas cooperativas agroindustriais, de saúde e de crédito conforta a sociedade gaúcha, pois o Rio Grande do Sul fechou o acumulado no ano com uma variação relativa negativa de 0,80%”, explica Perius.

Confiança no sistema cooperativista

O número de associados às 455 cooperativas gaúchas passou de 2,97 milhões para 3,06 milhões em 2020, o que reforça a confiança da sociedade no sistema cooperativista. A participação da população gaúcha envolvida no cooperativismo é de 53,4%, considerando que a família de cada associado se constitui, em média, de duas pessoas.

Agro impulsiona resultados

As cooperativas agropecuárias registraram um faturamento de R$ 35 bilhões em 2020, o que representa um aumento de 11,8% em relação ao exercício anterior. Atualmente, 63 cooperativas do Rio Grande do Sul possuem planta agroindustrial, onde processam a matéria-prima e agregam valor em mais de 131 produtos diferentes. Na produção total da safra de soja gaúcha, as cooperativas do setor mantêm sua participação de 50%.