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Santa Clara produz 30% mais de queijos nobres após investimento

A Cooperativa Santa Clara já está produzindo 30% mais de queijos nobres em Carlos Barbosa, sede da entidade, na Serra Gaúcha. A ampliação é efeito do investimento de R$ 35 milhões na adaptação de uma unidade para servir de ambiente de maturação e armazenamento de produtos.

A nova estrutura está pronta, e o recurso foi liberado nesta quinta-feira (1) pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Outra cooperativa a oficializar contrato com o BRDE foi a Dália, no valor de R$ 20 milhões.

O diretor da cooperativa, Alexandre Guerra, explica que o pedido do recurso foi feito em 2021 e que é possível executar o aporte e depois fazer a reposição de caixa com a liberação dos recursos, o que será feito agora. “A gente tinha capacidade de processar (o leite), mas não tinha como finalizar os produtos (maturação) e depois armazenar. As novas instalações também melhoraram nossa logística”, destaca Guerra. O fluxo logístico vai apoiar as outras sete unidades de distribuição de produtos que a cooperativa tem. 

A Santa Clara processa 800 mil litros de leite por dia, repassados por cerca de 2,5 mil associados que atuam com o segmento. A coop tem mais de 5 mil associados. Do total industrializado, 50% vira leite UHT, e a outra metade é transformada em subprodutos.   

A nova estrutura, que tem mais de 3 mil metros quadrados, foi montada em área que antes tinha o processamento de leite UHT, cuja planta foi transferida para Casca, em nova unidade, há três anos. O presidente da Santa Clara, Gelci Thums, citou que a nova capacidade está consolidada.” Isso agrega valor e mais renda para produtores”, associou Thums, acrescentando que a cooperativa caminha para superar R$ 2 bilhões em faturamento este ano, com alta de 8% na receita frente a 2021. “Levamos 104 anos para chegar a R$ 1 bilhão e seis anos para chegar ao segundo bilhão”, valoriza o presidente.

Hoje 90% dos derivados produzidos são vendidos no Estado e 75% do UHT. O diretor de Planejamento e de Operações do BRDE, Otomar Vivian, comentou que os aportes nas cooperativas sinalizam para aumento do valor dos produtos, pela diversificação, e ampliação da produção em um momento de demanda por alimentos.  

Fonte: Jornal do Comércio