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Creluz concluirá primeira usina solar até novembro

Destaque no cenário estadual do cooperativismo, o ramo Infraestrutura segue investindo em projetos para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. Nesse sentido, mais uma conquista está próxima de acontecer. Trata-se da primeira usina solar que o Estado ganhará até o final do ano. A Creluz, cooperativa de eletrificação rural com sede em Pinhal e atuação em 36 municípios do Médio Uruguai, investiu R$ 4 milhões para abastecer com geração fotovoltaica todo seu consumo de energia.

Conforme o presidente da Cooperativa, Elemar Batisti, a construção da usina em Boa Vista das Missões ocorre porque no município há mais insolação e menos neblina. Atualmente, a Creluz, segundo sua direção, gera 40% da energia que distribui aos clientes, a maior parte suprida por pequenas centrais hidrelétricas. A mudança tem dois motivos: a lei de microgeração, que permite ficar com o ICMS que seria cobrado na conta, e as dificuldades para a geração hídrica.

“Virou escravidão fazer hidrelétrica no Rio Grande do Sul. Não tem segurança jurídica, um dá licença, outro cassa licença. Sempre quisemos diversificar, a solar é rápida para implementar”, relata.

A obra da usina solar começou em fevereiro e deve estar concluída em novembro. A maior parte do equipamento, segundo Batisti, foi comprada no Brasil porque a entrega era mais rápida e abria a possibilidade de recorrer ao Finame, linha do BNDES.

Este ano fica pronta a primeira etapa, com 1.008 placas fotovoltaicas. Há previsão para quase triplicar a capacidade (358 kW pico, potência com máxima insolação). Mas esta, explica Batisti, depende de condições favoráveis.

“Conseguimos viabilizar a primeira fase com a lei da microgeração, porque conseguimos empatar custo e ganhos. A segunda fase amplia muito com investimento bem menor, cerca de R$ 2 milhões, porque a infraestrutura já está feita, mas ainda há uma série de obstáculos. O custo é muito alto. Se o Estado realmente quiser desenvolver energia solar, terá de rever as regras”, avalia Batisti.

Ramo Infraestrutura no Rio Grande do Sul

Um dos principais do cooperativismo gaúcho, o ramo Infraestrutura congrega 488 mil, associados e atende cerca de 277 mil consumidores diretos, em sua maioria no meio rural, além de contar com 2,6 mil empregados. São 21 cooperativas singulares e duas de representação (federação e confederação), que operam em 358 municípios do Estado e possuem mais de 62 mil Km de extensão de rede elétrica.

 

Com informações de Zero Hora