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Aberto em Gramado o XVII Seminário Gaúcho do Cooperativismo

Para uma plateia atenta e participativa, foi aberto na tarde do dia 20 de outubro, no Hotel Master Premium Gramado, em Gramado, na serra gaúcha, o XVII Seminário Gaúcho do Cooperativismo. Como tema norteador Cooperativas: O Poder de Agir para um Futuro Sustentável, que também é o tema da Aliança Cooperativa Internacional para 2016, a diretoria da Ocergs e o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, formaram a mesa principal do evento, acompanhados de representantes do governo do Estado.
Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, em nome da diretoria e dos cooperativistas presentes, abriu os trabalhos e apresentou dados e números que representam a força do cooperativismo no Estado, com grande representatividade e inclusão social. Perius destacou também a participação de jovens e mulheres no XVII Seminário, o que ressalta a abrangência dos temas trabalhados. O diretor de cooperativismo da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Lino Hamann, representou o governo do Estado na cerimônia de abertura do evento.
A primeira conferência do Seminário tratou do tema “Cenários e perspectivas para o Brasil”, com o jornalista e comentarista William Waack, que falou sobre o atual momento de crise que o país enfrenta e quais medidas são necessárias a curto e longo prazo para sair dela. Para ele, a crise brasileira não é atual, fiscal e nem apenas de representatividade. “Não estamos sabendo dar importância ao que realmente importa no cenário internacional que é competitividade, qualificação, produtividade e mérito”. E coloca nas mãos da sociedade a mudança. “Como sociedade, nós temos uma série de dificuldades. Isso vai exigir de nós fazermos escolhas, às vezes cruéis. Não temos condições de sustentar o que viemos sustentando até agora em benefícios sociais. Alguém vai pagar por isso, alguém vai perder. A força popular dos últimos tempos arrebentou muitas amarras, mas o que queremos mudar no Brasil está em nossas mãos, mas precisamos dar sentido e direção”.
Em seguida, os presentes assistiram à apresentação do Painel “Face à conjuntura brasileira, quais os desafios para o crescimento das cooperativas?”, com o diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Odacir Klein, e o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Rio Grande do Sul (Ibef-RS), Ademar Schardong. Odacir Klein apresentou o status institucional das cooperativas e afirmou que a crise existe, mas que a sociedade deve assumir responsabilidades. E defendeu que o crescimento deve objetivar o desenvolvimento, senão será vazio, mas que existem alguns desafios como planejamento, gestão, transparência e intercooperação. E destacou: “E o Sescoop/RS tem um papel fundamental nesse sentido. Ele é  um valioso instrumento para estimular a solidariedade e a gestão eficiente”.
No último painel do primeiro dia do XVII Seminário Gaúcho do Cooperativismo, o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças seccional do RS, Ademar Schardong, analisou a conjuntura econômica, o momento atual e as perspectivas de futuro. Com larga experiência no mercado financeiro, tendo atuado no Sistema Sicredi desde a sua fundação até 2015, quando deixou a presidência do Banco Cooperativo Sicredi, tratou das perspectivas de curto prazo como inflação, câmbio e juros, abordando essa realidade de uma forma didática, demonstrando como as cooperativas precisam se comportar perante esses cenários. Schardong destacou também questões como o PIB gaúcho e brasileiro, desemprego e por fim, abordou as questões políticas institucionais, destacando as últimas ações do governo do presidente Temer, como o arrocho orçamentário, a revisão dos programas sociais e a retomada das parcerias públicas privadas. Versou ainda em sua explanação sobre a aprovação em primeiro turno da PEC 241, que aconteceu na semana passada no Congresso Nacional, e destacou que as medidas são necessárias, na sua visão, para que o País retome o crescimento, que são as alterações em sus estrutura política, como a implementação do parlamentarismo, o voto distrital e desempenho mínimo para partidos.
No fim da tarde, antes do encerramento dos trabalhos, foram formados os grupos de trabalho que discutiram os temas pertinentes ao setor cooperativo gaúcho, que apontaram desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável das cooperativas.