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Cooperativas agropecuárias gaúchas faturam R$ 35 bilhões em 2020

O levantamento divulgado no relatório Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2021 (ano-base 2020) aponta o faturamento recorde das cooperativas agropecuárias na ordem de R$ 35 bilhões, com incremento de 11,8% em relação ao período anterior. No período de 2015 a 2020 o crescimento registrado chega a 57,9%. Os números confirmam a posição de destaque do ramo de atividade no Rio Grande do Sul.

“O desempenho das cooperativas agropecuárias gaúchas se reflete no crescente aumento dos indicadores. As agroindústrias se destacam por sua capacidade de geração de tributos para os municípios e o Estado, além de contribuírem de forma substancial para o aumento do número de empregos no Rio Grande do Sul, que cresceu 3,45% no último ano, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia”, afirma o presidente do Sistema Ocergs, Vergilio Perius.

Crescimento das sobras

A eficiência econômica das cooperativas agropecuárias se evidencia através do crescimento registrado nas sobras apuradas, que foi de 46,2% no último ano, atingindo o valor de R$ 941,5 milhões. A expansão das sobras desde 2015 alcança a marca de 159,7% e reforça a contribuição do setor para o desenvolvimento econômico e social das comunidades nas quais as cooperativas estão inseridas.

O patrimônio líquido das cooperativas agropecuárias cresceu 24,5% e alcançou R$ 6,9 bilhões.  Em relação aos ativos, as cooperativas do ramo registraram um acréscimo de 5,9%, atingindo a marca de R$ 21 bilhões.

As cooperativas agropecuárias geraram cerca de R$ 1,34 bilhões de tributos em 2020, o que representa crescimento de 5,17% em relação ao exercício anterior. Desse montante, R$ 841,5 milhões foram em tributos estaduais, R$ 493 milhões foram em tributos federais e R$ 1,16 milhão em tributos municipais.

Saldo positivo de empregos

No acumulado de 2020, o crescimento de empregos com carteira assinada nas cooperativas agropecuárias foi de 1.283, o que representa incremento de 3,45% em relação ao período anterior. A expansão de postos de trabalho no ramo agropecuário, que em 2020 registrou 38.500 empregos diretos, contrasta com o cenário do Rio Grande do Sul, que amargou no ano passado o segundo pior saldo no mercado de trabalho formal do Brasil, com o fechamento de 20.220 empregos. “O aumento de empregados contratados, sobretudo pelas cooperativas agroindustriais, de saúde e de crédito conforta a sociedade gaúcha, pois o Rio Grande do Sul fechou o acumulado no ano com uma variação relativa negativa de 0,80%”, explica Perius.

Atualmente, 63 cooperativas do Rio Grande do Sul possuem planta agroindustrial, onde processam a matéria-prima e agregam valor em mais de 131 produtos diferentes. Na produção total da safra de soja gaúcha, as cooperativas do setor mantêm sua participação de 50%. Já as cooperativas vitivinícolas representam 28% da produção de uvas e 35% da comercialização de envasados do Estado, segundo levantamento feito pela Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho).