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Cooperativa lança plano de suporte à produtores de leite com foco no desenvolvimento da cadeia leiteira

O período de estiagem vem gerando sérias dificuldades ao agronegócio gaúcho. O problema desta, que já é considerada, a pior seca das últimas duas décadas, é que foi precedida de outra estiagem no ano passado. Um dos setores que mais vem sofrendo com esse cenário é a atividade leiteira.

O calor pode impactar em queda da produtividade e a falta de chuvas pode comprometer a produção de alimentos. Quando não conseguem colher grãos, para suplemento nutricional do rebanho, os produtores acabam tendo que buscar insumos no mercado. Já produtores que conseguem armazenar alguma quantidade de forragem em forma de silagem, terminam colhendo muito menos. Essa forragem, devido à falta de chuvas, apresenta baixo desenvolvimento e um valor nutricional muito baixo. Concomitantemente, muitos produtores realizaram investimentos na atividade e precisam saldar compromissos financeiros. Todo este contexto reflete no aumento dos custos de produção e desafia a cadeia produtiva.

Programa remunera por investimentos no bem-estar animal, qualidade da matéria-prima e fidelidade do associado

A Cooperativa Languiru vem monitorando essa realidade e atuando para amenizar os efeitos deste cenário. Na atividade leiteira o produtor necessita lidar com muitas variáveis, sobremaneira que, acaba ficando mais suscetível aos impactos do clima. Além do aumento dos custos de produção, existe a preocupação com o bem-estar dos animais e a manutenção dos produtores na atividade. Sendo assim, com o intuito de ampliar o sistema de remuneração dos seus associados, a Cooperativa está criando o Programa Pró-Leite Languiru.

O projeto insere uma série de novos indicadores à remuneração do produtor e soma-se aos já existentes. O primeiro bônus foi pago na primeira quinzena de janeiro, retroativo, ao leite entregue no mês de dezembro do ano passado. Cada quesito tem faixas de alcance, conforme o grau de desenvolvimento do produtor. Alcançando a maior faixa de desempenho em cada aspecto, o produtor pode subir em até 15%, o valor médio que vem recebendo pelo litro de leite.

As faixas de remuneração envolvem diferentes aspectos vinculados ao contexto da atividade leiteira. Um dos destaques é a bonificação por investimentos no bem-estar do rebanho como a instalação de aspersores e ventiladores. Para completar, acrescente os bônus por implementação dos sistemas free stahl e compost barn.

Não menos importante, outro elemento fundamental, são as bonificações por qualidade da matéria-prima. O programa contempla indicadores como ordenha canalizada e robotizada até a certificação por Boas Práticas de Fazenda (BPF). A fidelidade do associado é reconhecida pelo programa, por meio de bonificações, pela compra de insumos em unidades da Cooperativa. Inclusive, o programa mostra engajamento em causas ambientais, oferecendo bônus pela proteção de fontes da água.

O programa também apresenta um bônus de relevante caráter social e inclusivo. Associados que produzem até 500 litros de leite por dia, com o intuito de estimular o crescimento destes pequenos produtores, receberão um bônus diferenciado

Tradição em pagar por qualidade

Na Languiru, não é novidade, remunerar produtores de forma alternativa, daquela usual do mercado. A maioria das empresas do segmento estabelecem um preço fixo por litro de leite e remuneram somente por quantidade. A Cooperativa, por outro lado, estabelece critérios que remuneram o produtor, com base em diversos indicadores. Esse conjunto de aspectos se soma ao valor base pago pelo litro de leite.

Por exemplo, alguns indicadores que já garantem bônus extras aos produtores, são os teores de proteína e gordura do leite. Da mesma forma, a Cooperativa já remunera pela Unidade Formadora de Colônias (UFC) e Contagem de Células Somáticas (CCS). Lembrando que, no surgimento das primeiras consequências da estiagem, a Cooperativa já havia fornecido rações a preço de custo para os associados.

Lançamento oficial para a imprensa regional

Na última sexta-feira, dia 14 de janeiro, ocorreu o lançamento oficial do Programa Pró-Leite Languiru. O evento foi direcionado para a imprensa e transcorreu no pavilhão social da Associação dos Funcionários da Languiru. O encontro contou com as presenças de diretores de veículos de comunicação, radialistas e jornalistas da Região dos Vales. Por seguir os protocolos de prevenção à Covid, o número de convidados foi restrito.

O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, explicou as regras e normas do Pró-Leite Languiru. Salientou que o programa deve injetar em torno de R$ 800 mil por mês no campo. Observou que, na contramão do mercado, quando produtores de todas as regiões, notam dificuldades para se manter, os associados terão suporte na Cooperativa. “A nossa função, nesse momento, é oferecer amparo e mostrar que fases difíceis, não podem frear o ímpeto do investimento e profissionalização do produtor”, disse. Bayer também compartilhou alguns projetos que estão previstos para este ano, com destaque, a instalação de uma queijaria, junto a Indústria de Laticínios.

O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (AMVAT), Sandro Herrmann, procurou valorizar o expressivo crescimento expressivo da Cooperativa. Mencionou os benefícios gerados, com essa expansão, para todo o setor primário. “Essa força e tamanho demonstram a importância da Languiru para a região e nosso Estado”, enalteceu. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia com extensão de base em Westfália, Liane Brackmann, também elogiou a iniciativa que busca dar apoio aos produtores de leite nas regiões de atuação da Cooperativa. “Diante das novas dificuldades geradas pela seca, também é importante estimular e ampliar os incentivos ao armazenamento de água e pastagens de inverno”, acrescentou.

Outra manifestação foi do secretário de Desenvolvimento Rural de Rio Pardo, Ramiro Rêgo, que esteve representando o prefeito Edivilson Brum. O secretário anunciou a instalação de uma unidade das lojas Agrocenter Languiru em Rio Pardo. No planejamento da unidade, já está contemplado, o acréscimo de uma unidade de recebimento de grãos, insumo essencial para as atividades da Cooperativa. “Por muito tempo, a cidade parou e não cresceu mais. Agora, surge a oportunidade de retomar esse crescimento e mudar a história do município“, apontou.

Durante a solenidade, também ocorreram manifestações do vice-presidente César Wilsmann e do integrante do Conselho de Administração, Fábio Secchi.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Languiru