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Darci Hartmann reforça necessidade de investimentos do Estado em energia trifásica e irrigação

As cooperativas de eletrificação rural atuam como agentes de desenvolvimento socioeconômico no Rio Grande do Sul, sobretudo em regiões do Interior do Estado, com investimentos em geração e distribuição de energia elétrica na área rural de 369 municípios, beneficiando 298.434 famílias e mais de um milhão de gaúchos. Esses números evidenciam a importância do setor e foram apresentados na manhã dessa quinta-feira (2/3) a representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), quando o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann destacou a necessidade do Estado ter subvenções para o pequeno e médio produtor rural na questão da energia trifásica e irrigação.

“Temos que avançar em discussões de políticas públicas no que diz respeito à energia trifásica e irrigação. Como é que nós vamos levar para o produtor uma ordenhadeira, um serviço de facilitação ou um projeto de crescimento para o seu campo se uma rede trifásica custa R$ 500 mil a R$ 700 mil? Nós vamos precisar de políticas públicas porque o pequeno e médio produtor não têm condições de atingir isso. Precisamos de políticas públicas para que isso possa ser avançado e nós possamos trabalhar esta questão toda”, afirma Hartmann.

O discurso do presidente do Sistema Ocergs também é reforçado pelo gerente de Relações Institucionais e Sindicais do Sistema Ocergs, Tarcisio Minetto, pelo chefe de gabinete do deputado estadual Elton Weber, Airton Hochscheid, por Erineo Hennemann e José Zordan, presidente e superintendente da Fecoergs, que estiveram presentes na reunião com a Sema. Para os representantes cooperativistas existe um consenso: a necessidade de melhorar a retaguarda que oferece suporte ao crescimento das redes de distribuição de energia elétrica em áreas rurais. De acordo com dados da Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2022, a extensão da rede elétrica proveniente de cooperativas de eletrificação rural abrange 64.959 quilômetros, com 137,59 megawatts de potência instalados.

Programa Energia Forte no Campo

Por esse motivo, uma das demandas apresentadas pelos dirigentes cooperativistas tratou da importância da continuidade do programa Energia Forte no Campo, que prevê a qualificação das redes de distribuição de energia elétrica no meio rural, incluindo investimentos em obras de complementação de fases, substituição de postes de madeira por postes de concreto, reformas na rede elétrica, instalação de transformadores e adequação dos níveis de tensão.

Na primeira fase do programa, o Estado disponibilizou R$ 4 milhões do orçamento. Na segunda etapa, R$ 5,98 milhões. Nesta terceira fase, foram disponibilizados R$ 40 milhões do Estado, com recursos do Avançar na Sustentabilidade, o maior valor já destinado. Na terceira fase foram selecionados 128 projetos, em 66 municípios gaúchos, totalizando 441 km de extensão. Cerca de nove mil consumidores foram beneficiados nas regiões das cooperativas Certel, Certaja, Cosel, Coprel, Certhil e Coopernorte.

Segundo o diretor do Departamento de Energia da Sema, Rodrigo Huguenin, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura tem verba prevista em torno de R$ 40 milhões para rodar a quarta fase do programa, que deve ser lançada em breve. “A nossa ideia é chegar no total de 1.300 consumidores atendidos na quarta fase e 533 quilômetros de rede de extensão”, afirma Huguenin.

Presentes na reunião, o secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli Rosa, e o subsecretário de Infraestrutura, Eduardo Guimarães de Magalhães, receberam também dos dirigentes da Fecoergs o pedido de análise quanto às licenças ambientais das Linhas Jacinto e Aparecida, que devem beneficiar cerca de 130 mil pessoas.