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Sistema Ocergs e Fecoagro/RS buscam auxílio em Brasília para produtores atingidos pela estiagem

O Sistema Ocergs, representado pelo presidente Darci Hartmann e pelo gerente de Relações Institucionais e Sindicais, Tarcisio Minetto, juntamente com a Fecoagro/RS, representada pelo diretor executivo, Sergio Luis Feltraco, estiveram reunidos hoje, em Brasília com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para tratar sobre a necessidade de auxílio aos produtores gaúchos que se endividaram em função dos prejuízos causados pelo clima das últimas safras.

Os representantes do cooperativismo do RS salientaram a importância de medidas emergenciais que definam as questões de prorrogação de contas, de custeio, investimento e incentivo à irrigação. A proposta levada é para a criação de uma linha do BNDES com taxa fixa, em dólar, e de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) garantido pelo BNDES para as cooperativas, somando um montante de R$ 3,9 bilhões.

Na oportunidade, Fávaro afirmou que tratará o assunto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos trabalhando no diagnóstico do endividamento, com o Ministério da Fazenda. Vou ter reunião amanhã com o presidente Lula. Todos temos consciência que o Rio Grande do Sul, por conta das intempéries climáticas, precisa de atenção especial, e vamos fazer”.

Em seguida, as questões sobre o tema também foram tratadas em reunião com Sistema Ocergs, Farsul e Fecoagro/RS. Segundo o ministro, que faz parte da CPI do MST, há resistências na equipe econômica por conta do gasto orçamentário que será necessário para criar algum instrumento “robusto”, que contemple a demanda da região. Mas ele pretende anunciar alguma medida para repactuação das dívidas dos produtores gaúchos na Expointer, que será realizada em Esteio (RS) no fim deste mês, na Casa do Cooperativismo.

Durante a reunião, Fávaro também foi questionado sobre o novo calendário de plantio da soja do país, que tornou a janela mais curta e desagradou alguns Estados, como os três da região Sul. O ministro salientou que as demandas de alteração estão em análise, mas disse que o ministério está “usando a ciência para poder criar a calendarização do plantio da soja”.