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O cooperativismo que dá certo!

Terça-feira (29) foi dia de falar sobre Planejamento, Compras Públicas, Relações Governamentais e os benefícios do coop na Casa do Cooperativismo. No Palco Pitch Coop, o gerente de Planejamento do Sistema Ocergs, Emanuel Malta e o coordenador do ramo Agropecuário do Sistema OCB falaram respectivamente sobre a importância da gestão e estratégia no cooperativismo e como as cooperativas podem participar de licitações públicas. A Casa também recebeu o tradicional almoço com os ex-ministros.

João Prieto apresentou a ferramenta de compras públicas do Sistema OCB, que foi criada para facilitar o acesso das cooperativas aos editais de licitações públicas de aquisição de serviços e produtos a partir da criação de uma base de dados organizada e eficiente. Com a plataforma, as cooperativas são capazes de filtrar, analisar e se candidatar para as melhores oportunidades na esfera pública de forma organizada e intuitiva. Segundo Prieto, o objetivo é que o produtor possa agregar renda a seu negócio, explorando o poder público, que “não é um comprador a ser ignorado”, afirmou.

O Palco Pitch Coop também recebeu o empresário e ex-secretário chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul, Cleber Benvegnú, que abordou a importância das relações governamentais para as cooperativas. Através de metáforas e tópicos, ele enfatizou como o estabelecimento de relações humanizadas e a compreensão de políticas públicas desempenham um papel fundamental na manutenção de uma relação harmoniosa com o governo municipal, estadual e nacional. Em suas observações, aponta que a maneira como as empresas realizam essas interações fazem toda a diferença.

Benvegnú também destacou o desafio enfrentado pelas organizações ao lidar com as complexidades regulatórias governamentais. Ele identifica a busca excessiva pelo poder como um obstáculo, e ressaltou que a visão deturpada do poder, enraizada desde os primórdios coloniais do Brasil, contribui para essa dinâmica. Ele lembrou um ditado popular que reflete essa realidade: “Dê poder a um homem e você verá quem ele realmente é.”

Ao concluir, o empresário reforçou a ideia de que estratégias de relações governamentais embasadas na empatia e na compreensão mútua podem influenciar positivamente a formulação de políticas públicas. Ele destaca que, apesar de divergências de opiniões e posturas políticas, todos somos seres humanos e merecemos ser tratados com respeito e dignidade.

O cooperativismo que dá certo

Sob o tema “O Cooperativismo que dá certo”, o Sistema Ocergs realizou também, em parceria com o Grupo RBS, a edição especial do Campo em Debate, com a mediação da jornalista Giane Guerra, na casa da RBS.

Na primeira primeira parte do painel participaram o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann; o professor doutor e sócio-diretor da Biomarketing, José Luiz Tejon; presidente da Central Sicredi Sul Sudeste, Márcio Port e presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires. Dentre os temas abordados, pautas como investimentos em capacitação, inovação e tecnologia no cooperativismo ganharam destaque.

O presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, destacou o Plano de Desenvolvimento para o Cooperativismo Gaúcho, o RSCOOP150bi, que prevê a meta de R$ 150 bilhões de faturamento, 4 milhões de associados, 100 mil empregos diretos, R$ 300 milhões de investimentos em capacitação e R$ 7,5 bilhões de sobras líquidas anuais até 2027.

Os painelistas debateram sobre a importância do marketing e da comunicação conseguirem transmitir para a sociedade os diferenciais competitivos do cooperativismo. Tejon afirmou que a única forma de acabar com a fome, a pobreza e a miséria no mundo é através das cooperativas. Segundo ele, cada vez mais as cooperativas se tornam imprescindíveis para que os produtores rurais acessem pesquisas científicas e avanços tecnológicos, propiciando aumento da produtividade e escala para o negócio.

Port enfatizou a relevância das cooperativas no fortalecimento da economia local e no desenvolvimento das comunidades em que atuam. Já o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, falou sobre o princípio fundamental da transparência e participação dos associados no processo de gestão da cooperativa, destacando que o desafio das cooperativas está em mostrar para esse associado que ele é o dono da cooperativa e seu principal cliente.

O segundo bloco do Campo em Debate reuniu o deputado federal e coordenador de Assuntos Econômicos da Frencoop Nacional, Alceu Moreira, e o deputado estadual e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo na Assembleia Legislativa-RS, Luciano Silveira. Em sua fala, Alceu Moreira explanou sobre a questão da tributação das cooperativas e o trabalho desenvolvido para implementação de políticas públicas através de Lei Complementar, com o objetivo de a cooperativa poder escolher o regime de tributação que seja mais adequado.

Diante do problema recorrente da estiagem na agricultura, o deputado federal também comentou sobre a resistência ideológica e a necessidade de vencer o imbróglio jurídico na Secretaria do Meio Ambiente, que dificulta o processo de reserva da água para irrigação das propriedades rurais. O deputado estadual, Luciano Silveira, reforçou a importância dos poderes legislativo e executivo trabalharem em sinergia para acelerar o processo de destrave da preservação de água em Área de Preservação Permanente (APP), para que os produtores rurais não sofram com o impacto da estiagem.

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Texto produzido com a colaboração de acadêmicos do curso de Jornalismo da Uniritter