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Empreendedorismo nas cooperativas é destaque no Workshop RSCOOP150

Com o tema “Empreendedorismo nas cooperativas”, a Casa da Memória Unimed Federação/RS, em Porto Alegre, foi palco do quarto Workshop Temático do RSCOOP150 nessa segunda-feira (23/10), evento realizado pelo Sistema Ocergs que busca sensibilizar e divulgar o Plano de Desenvolvimento para o cooperativismo gaúcho através de painéis e apresentações dos Comitês do Programa RSCOOP150 e de cooperativas.

Na abertura, o superintendente da Ocergs, Gerson José Lauermann, reforçou a importância das metas estabelecidas pelo Programa RSCOOP150, que além dos R$ 150 bilhões de faturamento, preveem 4 milhões de associados, 100 mil empregos diretos, R$ 300 milhões de investimentos em capacitação e R$ 7,5 bilhões de sobras líquidas anuais até 2027. O dirigente destacou a necessidade do cooperativismo gaúcho alcançar a margem líquida média de 5% dentre todos os ramos, para fortalecer a eficiência econômica, a capacidade de investimentos e a sustentabilidade financeira das cooperativas.

Lauermann apontou a intercooperação como estratégia primordial para o crescimento sustentável do cooperativismo no Rio Grande do Sul. “A gente sabe que parte do nosso resultado está dentro do cooperativismo, através da intercooperação”.

Comitês do RSCOOP150

Mas afinal, como estão divididos os Comitês de trabalho do RSCOOP150? Quais são os projetos que o Programa contempla e quem são os pontos focais dentro do Sistema Ocergs? Essa e outras dúvidas foram respondidas pelo gerente de Planejamento do Sistema Ocergs, Emanuel Caloete, que apresentou a estrutura de funcionamento do RSCOOP150, destaques da execução em 2023, objetivos estratégicos e modelo de governança.

Empreendedorismo nas cooperativas é destaque no Workshop RSCOOP150
Gerente de Planejamento do Sistema Ocergs apresenta estrutura do Programa RSCOOP150

Conheça os Comitês:

  1. Representação institucional e Relações trabalhistas;
  2. Crédito, financiamento e gestão tributária;
  3. Acesso a mercados e comunicação,
  4. Infraestrutura;
  5. Alianças estratégicas;
  6. Inovação e desenvolvimento profissional;
  7. Gestão e ESG.

Os sete Comitês são responsáveis por 13 projetos:

  1. Fortalecimento da Representação Institucional;
  2. Relações Trabalhistas;
  3. Gestão Tributária;
  4. Acesso a Mercados;
  5. Ampliação do Crédito e do Financiamento;
  6. Comunicação;
  7. Investimento em Logística;
  8. Conectividade;
  9. Geração de Energia;
  10. Alianças Estratégicas: TI
  11. Desenvolvimento Profissional;
  12. Inovação;
  13. Gestão, Governança e ESG.

Desenvolvimento de Cooperativas

O evento contou com a participação on-line da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Debora Ingrisano, que falou sobre os diagnósticos disponibilizados pela Unidade Nacional para as cooperativas na gestão de riscos e nas oportunidades de mercado. Debora enfatizou a importância dos diagnósticos sobre três pontos: a autoavaliação por meio de questionários para ver como a cooperativa está se saindo, o comparativo com outras cooperativas e a atualização do que está acontecendo no mercado para que a cooperativa possa manter a sua competitividade.

Debora explanou sobre os diagnósticos orientados para a gestão preocupada com riscos, Identidade AvaliaCoop e Desempenho. Nas oportunidades de mercado, as cooperativas podem acessar o diagnóstico de Governança e Gestão AvaliaCoop, conhecido como PDGC, e em breve poderão acessar os diagnósticos Negócios AvaliaCoop, que rodou um projeto-piloto com 45 cooperativas que enquadra a coop em cinco pilares, que vão da produção à verticalização da cadeia produtiva, além do diagnóstico ESG AvaliaCoop, projeto-piloto que reuniu mais de 300 coops.

Fundo Social do Sescoop/RS

Apoiar projetos voltados à educação, saúde, cultura, integração social, geração de renda e meio ambiente desenvolvidos por cooperativas. É com essa proposta que o Sescoop/RS criou em 2022 o Fundo Social, programa que em sua primeira edição aprovou dez projetos que juntos somam o valor de R$ 1.763.278,00 e já beneficiaram 19.659 pessoas no Rio Grande do Sul. E para falar sobre a segunda edição do Programa Fundo Social, a coordenadora de Desenvolvimento Cooperativista do Sistema Ocergs, Rafaela Comerlato, trouxe o panorama do calendário de ações, que prevê a avaliação final dos projetos até março de 2024. Nesse painel, a analista técnica do Sistema Ocergs, Elisângela Becker, apresentou os dez projetos contemplados na primeira edição do Fundo Social, envolvendo as cooperativas Coasa, Coprel, Unicred Ponto Capital, Cooperconcórdia, CCGL, Cootravipa, Cotriel, Santa Clara, Cotrirosa, Sicredi Serrana e Sicredi Ouro Branco.

Coordenadora de Desenvolvimento Cooperativista, Rafaela Comerlato, fala sobre o Fundo Social do Sescoop/RS

Empreendedorismo para cooperativas

O superintendente executivo da Unimed Federação/RS, Geison Tremea, apresentou o modelo de governança do Sistema Cooperativo Unimed/RS, que inclui a cooperativa de segundo grau Unimed Rio Grande do Sul, Uniair, Unimed Central de Serviços-RS, Casa da Memória Unimed Federação/RS, Instituto Unimed e UnicoopMed.

Superintendente executivo da Unimed Federação/RS, Geison Tremea

O dirigente da Unimed Federação/RS trouxe o exemplo do novo residencial sênior em Porto Alegre, numa parceria entre a RS Empreendimentos S/A, holding do Sistema Unimed RS e a incorporadora ABF Developments. O primeiro projeto da holding do Sistema Unimed RS será um residencial para pessoas de maior idade, chamado de senior living, que prevê uma estrutura com cerca de 200 unidades de 21 a 32 metros quadrados e áreas de convívio.

“Buscamos identificar as oportunidades de negócio e implantamos ideias inovadoras, sempre buscando a sustentabilidade do Sistema Cooperativo Unimed RS, gerando e distribuindo riqueza de forma proporcional ao trabalho de cada sócio”, afirmou superintendente executivo da Unimed Federação/RS, Geison Tremea.

Na sequência, o representante do Instituto Unimed/RS, Juliano Iande, destacou o envolvimento do cooperativismo com a sociedade. “Nós temos uma sinergia muito grande com as comunidades em que estamos inseridos”. Iande disse que o empreendedorismo por necessidade é o tipo mais comum no Brasil, e que para funcionar na prática dentro do cooperativismo, os esforços devem acontecer por parte da cooperativa, cooperados e colaboradores. “O primeiro passo é transformar a cultura da empresa. Certifique-se de que as lideranças estejam comprometidas com a proposta, que deixem a hierarquia de lado para colher e motivar ideias de todos os funcionários. Isso inclui estar disposto a rever velhas certezas e abraçar a possibilidade da mudança”, explicou Iande, que disse que o empreendedorismo é um processo que leva tempo para ser estabelecido, mas que traz resultados recompensadores.

Juliano Iande do Instituto Unimed

Pitch Coop

Na parte final do evento ocorreram apresentações das cooperativas em forma de pitch, com a participação da gerente geral da agência da Sicredi União Metropolitana, Karina Ostrowski; diretor de Negócios da Unicred Porto Alegre, Alexandre Fisch e a consultora de Investimentos da Unicred Porto Alegre, Juliana Daitx; coordenadora Comercial e Operacional da Uniair, Daniele Villeroy; representante da Cootravipa, Rocheli Guimarães; presidente da Cooperlíquidos, Etiane Clavijo, diretor de Operações da Cooperlíquidos, Gabriel Roglio e o presidente da Liga by Comobi, Márcio Vieira Guimarães.