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Cotrijal forma segunda turma de jovens aprendizes no campo

A tarde do dia 26 de outubro foi marcada por emoção e muitas ideias para promover o crescimento e rentabilidade de negócios rurais. Na Casa do Cooperativismo da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, os 13 jovens integrantes do programa Jovem Aprendiz Cooperativo do Campo apresentaram seus planos de continuidade familiar como etapa final do curso. Na ocasião também foi realizada a formatura e entrega de certificados.

O presidente da Cotrijal, Nei César Manica prestou atenção em cada apresentação e ficou feliz com o resultado. “Nosso maior patrimônio é conseguir passar para nossos filhos o conhecimento que adquirimos, para que eles possam seguir com passos firmes. Esperamos que eles continuem procurando conhecimento, pois eles são o futuro das famílias, da nossa cooperativa e do cooperativismo”, destacou o dirigente.

O curso da turma B de Não-Me-Toque iniciou no dia 27 de junho de 2022. Deste então foram 17 meses participando de aulas teóricas, atividades práticas, aprendizados e visitas técnicas com temas, como cooperativismo, matemática financeira, empreendedorismo, gestão de propriedades rurais e produção de grãos, leite, hortaliças e frutas. Totalizando uma carga horária de 1.104 horas. 

“O que vimos foi um show de talentos. Foi contagiante ver a dedicação desses jovens e perceber que a Cotrijal tem um futuro promissor ao lado deles”, comentou o vice-presidente da Cotrijal Enio Schroeder, que também acompanhou a cerimônia.

O programa é uma intercooperação, com realização da Cotrijal, estrutura didática da Cooperconcórdia e apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Rio Grande do Sul (Sescoop/RS).

“Esse é um projeto fantástico, que possibilita trabalhar com os jovens a continuidade da família rural e a importância da atividade para a geração de alimentos. Ensinando sobre gestão, trabalho em equipe e cooperativismo, para que a sucessão seja feita da melhor maneira possível”, afirma Alexandre Dall”Agnese, presidente da Cooperconcórdia.

Confira como foi a apresentação dos trabalhos finais:

Participação ativa

Os irmãos Augusto e Alisson Krüger, da comunidade de Arroio Bonito, de Não-Me-Toque, apresentaram como proposta o uso de dados para uma gestão mais eficiente da propriedade, além de reuniões para alinhamento da família em relação ao negócio.

“O curso nos incentivou a procurar soluções para o negócio, além de incentivar para que a gente participasse mais, ganhando mais espaço na propriedade”, afirmaram os irmãos.

Conhecimento técnico

Já o jovem Arthur Vergütz – o qual a família conta com propriedades na linha Guiana, em Lagoa dos Três Cantos, e na comunidade de Invernadinha, em Não-Me-Toque – compartilhou ideias como implementação de manejos biológicos e digitalização de documentos para o controle financeiro.

“Me sinto mais motivado a seguir o legado da minha família, que já está há cinco gerações no negócio. Pretendo participar mais dos eventos técnicos da cooperativa, para seguir aprendendo”, expôs Vergütz.

Cuidando do futuro

Para os irmãos Eduardo e Victor Markmann, de Não-Me-Toque, as possíveis melhorias são no manejo e criação de bezerras, para cuidar do futuro da propriedade. Para eles o curso foi benéfico para a obtenção de conhecimentos e incentivo a sucessão.

“Não nos vemos fora da propriedade. E agora entendemos ainda mais a importância de trabalhar junto com a cooperativa”, explicaram os irmãos.

Mais e melhor

A jovem Eliége Baumgardt, de Lagoa dos Três Cantos, acredita no potencial da propriedade que produz ovos. Ela recomenda a expansão do aviário e uso de novas tecnologias para melhorar a rentabilidade do negócio.

“Com o programa eu aprendi mais sobre responsabilidade e administração. Espero poder contribuir ainda mais em casa”, afirmou a jovem.

Diversificação de renda

O jovem Grégori Braatz, de Pontão, vê oportunidade em novos negócios para a propriedade, como a instalação de uma estufa de morangos. Atualmente a família trabalha com a produção de grãos e de mel.

“Foi uma experiência muito legal, agora me sinto mais preparado para ajudar na rotina da propriedade. Também gostei muito de aprender mais sobre a cooperativa e como ela ajuda o desenvolvimento dos produtores”, indica Braatz.

Futuro cooperado

Ser um motivo de orgulho para os pais é o que motiva o jovem Gustavo Henrique da Silva. Para ele a cooperativa pode contribuir para melhorar a produtividade e rentabilidade da propriedade, que fica na localidade de Bom Sucesso, em Não-Me-Toque.

“Assim que eu completar 18 anos quero me associar na cooperativa. Vou me dedicar muito para quando começarmos a sucessão rural eu possa assumir o negócio que meus pais batalharam tanto para construir e fazer bem-feito”, projetou o jovem.

Cultivares tecnológicas

O jovem Luis Felipe Papke seguiu os passos do irmão, Adriel Henrique, que participou da primeira turma de Jovens Aprendizes do Campo. Para ele novas tecnologias em cultivares de soja podem contribuir para a rentabilidade da propriedade, que fica no distrito de São Bento, em Carazinho.

“Ficamos muito felizes que ele pode ter essa oportunidade de adquirir mais conhecimento e fazer novos amigos”, disse Adriel.

Automatização

Para a jovem Nicoli Koech, da localidade de Invernadinha em Não-Me-Toque, melhorias em instalações da propriedade podem contribuir para a qualidade de vida da família, que trabalha com caprinocultura e ovinocultura. Ela propõe a automatização de manejos como a alimentação dos animais.

“Pretendo fazer faculdade de veterinária para contribuir com o desenvolvimento da propriedade e ajudar minha família”, apontou a jovem.

Acessando conhecimento

Para os irmãos Raiely e Ramon Kaipers o programa abriu portas para o conhecimento e novas oportunidades que podem aplicar na propriedade, que fica na localidade de Vila Conceição, em Não-Me-Toque. Eles acreditam que podem contribuir para o negócio agora que compreendem mais sobre a atividade.

“Para nós é uma alegria imensa saber que eles estão motivados a dar continuidade ao nosso trabalho. É um apoio importante que recebemos da cooperativa”, afirmou Daniela Kaipers, mãe dos jovens.

Trabalho em equipe

E a jovem Vitória Müller, que vive com a família na localidade de Invernadinha, em Não-Me-Toque, espera que a propriedade avance com novas tecnologias e cultivares de maior qualidade. Para ela fica o aprendizado sobre trabalho em equipe e conhecimento técnico.

“Não conhecia todo o trabalho feito pela cooperativa. Foi muito bom aprender sobre os benefícios que ela oferece aos agricultores. Espero poder ajudar de alguma forma em casa, assim como a cooperativa faz pelos produtores.”, comentou a jovem.