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Chuvas no RS: Nota do Sistema Ocergs em defesa das cooperativas

O Sistema Ocergs acompanha com preocupação os efeitos do evento climático severo que assola o Rio Grande do Sul. A região do Vale do Taquari enfrenta a terceira enchente em poucos meses e as cooperativas monitoram dificuldades no recebimento da produção de leite, de frango e suínos, com o comprometimento do acesso às propriedades e de bloqueios em rodovias. Em outras regiões, as lavouras de arroz e soja também apresentam perdas. 

Emergencialmente, o Sistema Ocergs mantém contato com as autoridades estaduais e federais. As principais dificuldades para a população gaúcha, com impacto direto nas cooperativas, estão sendo a falta de acesso nas estradas, a falta de energia elétrica por tempo prolongado e a ausências de ferramentas de comunicação, como a internet. 

O Sistema Ocergs avaliará o impacto econômico e social junto aos seus associados. “Concomitante a essas medidas já é preciso pensar em linhas de crédito de médio e longo prazo para socorrer os associados e as cooperativas diante da terceira catástrofe climatica. Esse crédito é para alongar e apoiar o setor atingido que não tem condições operacionais de suportar, num curto intervalo de tempo, tantos prejuízos. Precisamos de fôlego para continuar produzindo”, alerta o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann. 

Auxílios emergenciais 

Ofícios também foram enviados para entidades públicas como Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura e Pecuária, BRDE e BNDES. A entidade solicita auxílios emergenciais das entidades para linhas de crédito de médio e longo prazo para socorrer os associados das cooperativas, condições diferenciadas como prazos de pagamentos alongados e período de carência acima de um ano para cooperativas que exercem atividades em municípios atingidos, destinação de crédito emergencial com desconto na contratação e destinação de mais recursos em caráter emergencial para aquisição direta de produtos da agricultura familiar, dentre outros. 

Confira um trecho: 

É urgente pensar em linhas de crédito de médio e longo prazo para socorrer os associados e as cooperativas diante desta catástrofe climática. Auxílios emergenciais como a linha Crédito Cooperativas, lançada pelo BNDES em 2023, com condições diferenciadas como prazos de pagamentos alongados e período de carência acima de um ano para cooperativas que exercem atividades em municípios que tenham decretado estado de emergência ou calamidade, reconhecido pelo governo federal. O objetivo é apoiar o setor atingido, que não tem condições operacionais de suportar, num curto intervalo de tempo, tantos prejuízos.  

Outra política importante é a destinação de crédito emergencial com desconto na contratação, para os agricultores familiares gaúchos, que tiveram perdas de safra, conforme foi feita com a edição da Medida Provisória n° 1.189, de 27 de setembro de 2023.  

Além disso, acreditamos que é fundamental a destinação de mais recursos em caráter emergencial para a aquisição direta de produtos da agricultura familiar do estado do Rio Grande do Sul por meio do Programa de Aquisição de Alimentos.